A falta de qualquer vitamina ou nutriente nunca é algo bom para o nosso corpo, mas a deficiência de vitamina C é particularmente importante de se notar. Vital para a nossa saúde geral, ela ajuda a manter o bem-estar da pele, fortalece o sistema imunológico, além de apoiar nossos sistemas metabólicos, e muito mais.
Vogue conversou com especialistas, que detalham os sinais de deficiência de vitamina C para que você possa detectá-la cedo, antes que leve a problemas de saúde mais graves. Eles também apresentam conselhos importantes sobre como restaurar os níveis do nutriente no corpo com algumas mudanças na sua dieta. Confira!
Por que a vitamina C é importante para o corpo?
Como explica Elizabeth Sharp, médica e fundadora da clínica Health Meets Wellness, a vitamina C é uma vitamina solúvel em água encontrada em frutas cítricas, frutas vermelhas e alguns vegetais. Também conhecida como ácido ascórbico, é um antioxidante que nosso corpo precisa para funcionar corretamente. “A vitamina C tem propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes, de integridade da pele e de absorção de ferro”, diz a profissional. “É essencial para a produção e manutenção do colágeno, que é vital para a pele, cartilagem, tendões, ligamentos e vasos sanguíneos. Ela melhora a função do sistema imunológico e ajuda o corpo a combater infecções.”
Quais são os sintomas da deficiência de vitamina C?
A deficiência de vitamina C pode se manifestar de várias maneiras e – no pior cenário – levar a uma condição chamada escorbuto. Samantha Dieras, diretora dos Serviços de Nutrição Ambulatorial do Mount Sinai Hospital, nos Estados Unidos, e Elizabeth Sharp listam os seguintes sintomas que podem indicar baixos níveis de vitamina C:
- Sangramento nas gengivas (Gengivite);
- Queda de dentes;
- Fadiga;
- Perda de peso;
- Dor nas articulações;
- Cicatrização lenta de feridas;
- Boca seca;
- Pelos encravados;
- Impacto negativo no crescimento ósseo em crianças;
- Pequenas manchas vermelhas e marrons (também conhecidas como petéquias);
- Fácil formação de hematomas;
- Icterícia;
- Inchaço dos folículos pilosos (também conhecido como perifoliculite).
Dieras diz que o escorbuto é raro e que a causa principal é um período prolongado sem consumo adequado de vitamina C, que pode estar ligado a uma dieta pobre ou acesso limitado a alimentos nutritivos. Segundo a Mayo Clinic, outros fatores de risco incluem fumar ou estar exposto ao fumo passivo, ter condições gastrointestinais ou certos tipos de câncer, que são pessoas mais propensas a sofrer de deficiência de vitamina C. Mas a boa notícia é que, uma vez diagnosticada, o caso pode ser tratado.
Como corrigir uma deficiência de vitamina C?
A quantidade diária recomendada de vitamina C é de 75 microgramas (mcg) para mulheres adultas (120 mcg para mulheres grávidas) e 90 mcg para homens adultos, explica Elizabeth. A melhor maneira de garantir esses níveis e obter vitamina C suficiente, segundo ambos os especialistas, é através da dieta. Entre as principais recomendações, está incorporar frutas e vegetais frescos e ricos no nutriente em suas refeições, como toranja, laranja, limão, lima, pimentão vermelho e brócolis. Outras opções incluem suplementos de vitamina C, mas é preciso ter cautela sobre quais escolher, pois nem todos são eficazes.
“Suplementos de vitamina C são uma maneira de atingir a dosagem adequada, no entanto, os alimentos devem sempre ser a primeira linha de consumo”, diz Dieras. “O nutriente que provém dos alimentos é melhor absorvida. As empresas de suplementos não são altamente regulamentadas, se você for incorporar suplementos, recomendo escolher marcas que realizam testes e podem provar que o suplemento contém o que está no rótulo.”
Os especialistas apontam ainda que existe a possibilidade de consumir em excesso a vitamina C, quadro que também merece atenção para ser corrigido. "O consumo excessivo pode resultar em náusea, vômito, diarreia, azia, cólicas estomacais e inchaço", completa Dieras.
Como em qualquer questão de saúde, se você suspeitar que pode estar com deficiência da vitamina C, procure um especialista para obter um diagnóstico adequado e ajudar a elaborar um plano seguro para reestabelecer os níveis do nutriente no seu organismo. Não se autodiagnostique, especialmente com isso.
Esta matéria foi originalmente publicada na Vogue US.
Traduzida e adaptada por Sara Magalhães.